sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Reflexões

Como fazer a diferença

No decorrer destes meses, algo se fez confuso em minha mente, parece que a idéia que tinha sobre determinadas profissões simplesmente se embaralharam. Não pelo sentido negativo, muito pelo contrário, foi como se fosse algo me despertasse para uma vontade maior.
Não entedia o porquê de algumas coisas serem padrões, sem chance de mudança, principalmente os métodos de ensino. Ter tido essas aulas (na faculdade), palestras, pré-aulas foi como ter entrado pela primeira vez na escola.
Tudo diferente, um método meio louco a princípio, mas que foi fazendo sentido, não que já tenha pegado o “espírito da coisa”, mas estou tentado me habituar.
Ter e estar presenciando os encontros sobre “Métodos de Ensino”, me deparei com um estilo diferente, ainda não me sinto preparado para exercê-la, mas é uma alternativa que tem me chamado muita atenção. Não apenas o simples fato de ser dinâmico, mas a forma como é exposta, um método onde não há professor “ensinando” e aluno “aprendendo”, mas um método onde professor e aluno trocam conhecimentos, visto que, vamos nos deparar com culturas distintas umas das outras, e desperta o interesse do aluno para que ele sinta e tenha aprendizado, um verdadeiro aprendizado é fascinante.
Tentar estabelecer uma situação onde o aluno tenha participação ativa, vinda de uma “proposta-desafio”, onde eles resolverão os problemas propostos é interessante, pois não limita a criatividade e a inteligência do aluno, estimulá-los aprender com prazer e de forma descontraída, fazê-las entender que o professor não está acima deles em termos de conhecimento.
Permito-me fazer uma comparação entre estes encontros e uma das aulas com a Maria Helena, onde ela nos questionou sobre que tipo de profissionais seremos, os que estimularão os alunos a gostar das aulas de Educação Física, ou uma aula onde haverá separação entre os habilidosos, os que serão excluídos por não se darem tão bem em determinados esportes, sendo estes prejudicados por terem aptidão por outros esportes ou outras atividades corporais.
Esta pergunta englobada a outra questão que envolve o entendimento da atividade que eles (os alunos) estão exercendo, não o simples fazer, não o simples correr, o simples jogar, mas mostrar a eles o porquê de estarem fazendo tais movimentos me lembra a abordagem Sistêmica de Mauro Betti.
Podemos nos perguntar o que fazer para mudar, mas o que? Nada? E em um dos encontros sobre Métodos de Ensino, o professor Maurício nos disse que o Nada é um momento onde podemos fazer inúmeras coisas, então porque não ocupar este “nadismo” com idéias produtivas e procurar meios de desenvolvê-las?


Esta fotografia foi tirada de uma exposição de fotografias que estava acontecendo no Centro Cultural, representa na minha concepção uma maneira de como podemos fazer a diferença, e o quanto ela só depende de nós...


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Complementação

Apenas para complementar a parte de acrobacias, as quais foram empregadas à ginástica, cabe ressaltar que as acrobacias circenses, foram modificadas pelos especialistas de ginásticas da época, e que perdeu boa parte de sua ludicidade, mas vale ressaltar o quanto elas contribuiram para os jogos recreativos, que até hoje explora a criatividade de quem as execulta.

Referencias
Esporte e Cultura Física Autor M.J. Gomes Tubino
Homoludens   Autor Jonhan Huizinga
Esporte – Historia e Sociedade         Autor Marcelo Proni / Ricardo Luona
Teoria Geral do esporte Autor M.J. Gomes Tubino
O Jogo entre o riso e o choro Autor João Batista Freire
Educação física e desportos Autor Hosana Ventura Teixeira
Evolução Historia de ginástica Olímpica autor Nestor Publio
Cultura corporal da Ginástica Autora Aparecida Bregalato
(essas referências, foram usadas no trabalho, Esporte e o Jogo, não as  coloquei nas postagens anteriores como na postagem sobre o esporte, mas foram essenciais para o trabalho).

Acrobacias - jogos

Ginástica e Circo

O movimento Ginástico Europeu ocorreu ao longo do século XIX, principalmente na Alemanha, Suécia. Dinamarca e França e na Inglaterra o do esporte, estas formaram as bases da Educação Física.
A partir dos métodos tendo seus princípios da cultura grega antiga, que enaltecia a saúde, a força e a beleza, tendo assim sua denominação a Ginástica como todas as atividades físicas. As práticas corporais, que se constituíam de saltos, corridas, esgrima, jogos, acrobacias, equitações, natação, exercícios preparatórios para guerra eram representados como ginástica.
A força, a energia, a resistência, a velocidade e o vigor estavam ligado à formação do caráter enquanto a moral e a virtude vinculados a ginástica.
Sendo assim num período de guerras e revoluções pelas conquistas de terras, a formação da Educação Física e moral da ginástica estavam voltadas para fins nacionalistas de lutas pela pátria, isso gerou uma corrente do Movimento Ginástico Europeu, que concebia a formar indivíduos saudáveis, fortes e de caráter para servir a nação.
A ginástica ganhou um sentido utilitário, ou seja, toda atividade era revertida para servir a pátria. Como nadar seria útil para ajudar um compatriota ou atravessar um rio. Quanto ao que diz respeito aos exercícios ginásticos, este era dirigido ao trabalho, pois tinha como finalidade o rendimento da pessoa no trabalho e conseqüentemente a colaboração para o desenvolvimento do país.
Em contra partida consta outra corrente da ginástica, denominada Ginástica Natural, Método Natural. Este não tinha ligação alguma com os anseios da nação, mas na pessoa em si.
Ou seja, os benefícios que a ginástica proporcionava eram voltados para o praticante, sendo assim a ginástica no sentido de lazer, que tem como cerne a liberdade e o prazer, como pular corda, mãe da mula, jogar ou brincar com bolas, etc.
Contudo a ginástica incorporou características que impregnou no século XIX. Voltou-se a pesquisas, à classificação, a comparação a partir de descobertas de leis e com caráter ordenativos, disciplinados e metódicos. Nesses estudos que estruturaram a ginástica, desenvolveram a necessidade de criar aparelhos e máquinas com fins de aumentar a força, corrigir posturas, aprendia-se a nadar, por exemplo, em aparelhos.
Havia nessa época outra face do movimento corporal: as praticam corporais populares, manifestadas nos circos e nas feiras, porém essas práticas foram abafadas pelo espírito cientifico, segundo a autora Carmem Soares.
Os artistas populares não tinham comprometimento utilitário de servir a guerra ou ao mundo do trabalho, dento desses artistas encontravam-se saltimbancos, contorcionistas, acrobatas, etc. Os movimentos executados por eles tinham a expressão de liberdade de um corpo ágil e alegre que desejasse divertir o povo.
Desta manifestação corporal, houve o fascínio de todas as camadas, e passaram a merecer atenção e medo por parte dos médicos, higienistas, e filantropos que cuidavam do corpo, pois poderia essas idéias dominar as moldadas pela concepção cientifica.
“Os artistas invertiam as ordens das coisas, andavam com as mãos, contorciam-se, encaixavam-se em caixas, em cestos, imitavam bichos, vozes, produziam sons com as mais diferentes partes do corpo, cuspiam fogo, vertiam líquidos inesperados, gargalhavam, viviam em grupos”.
Opunham-se, assim, o novo cânones do corpo acabado, perfeito, fechado, limpo, isolado que a ciência construía, de vida fixa e disciplinada que a nova ordem exigia. (SOARES, 1998, p.25).
Essas manifestações lúdicas dos artistas circenses traziam o resto da cultura da Idade Média e do Renascimento, uma cultura não oficial, popular da praça, das ruas e dos dias de festa.
A universalidade referente à vida determina o caráter alegre e festivo nas manifestações corporais.
As apresentações de rua dos circos manifestavam a liberdade que fora aprisionada pelo saber cientifico e mostravam o que deveria ficar oculto eram contrarias a elite que se firmava no século XIX a qual a ginástica se identificava.
Sendo assim, a cultura corporal popular, com movimentos imprevisíveis e ousados dos artistas, deveriam ser reinventados com a identidade da ginástica cientifica, ou seja, de acordo com as ordens estabelecidas com ações previstas e de utilidade da vida cotidiana. A partir daí a ginástica controlada com postulados da burguesia como fixidez, limpezas, prudência, segurança e produtividade, ela poderia ser adotada em ginásios e escolas.
Assim ocorreram com os parelhos utilizados no circo, como barras e trapézios, nos quais a ginástica se inspirou, os cientistas tinham como bases nos seus trabalhos aparelhos que explicavam sua utilização.
Não poderiam nunca ser os parelhos da ginástica do circo, pois esta não tinha critérios de segurança, de aplicação adequada da força e ainda sem nenhuma utilidade. Na visão de Amorós, os aparelhos estavam associados à mecânica dos movimentos, que eram explicados a partir da mecânica das máquinas.
A ginástica popular do circo foi reinventada com dados científicos, desenvolveram entre suas praticas aquelas populares do circo onde se tinha a espontaneidade, a diversão, o prazer e lhe deram o rosto da ciência e da técnica.









Esporte - Ginástica

Ginástica
Sua origem remonta de há muito tempo, para Mouret, a ginástica existe a milhares de anos, como uma ginástica educativa, de formação do corpo conhecida como Educação Física ou como ginástica médica ou terapêutica, que se pratica nas antigas civilizações para melhor saúde.
A natureza incita o homem ao movimento, portanto, ao domínio do corpo, isso conduz a uma ginástica natural. Por isso não se descarta sua hipótese de existência milenar.
Alguns evocam a acrobacia praticada em todos os tempos no mundo inteiro, outros a condição física necessária. Os prudentes preceitos chineses, as experiências dos egípcios, os vestígios da América do Sul demonstram isso, embora não seja não se possa ignorar a importância da ginástica grega.
A ginástica foi empregada com bases pedagógicas no século XVII pelo filosofo Jean-Jackes Rousseau.
No final do século XVIII, surgiu a ginástica moderna tendo como um de seus criadores Johan-Christoph Guts e Francisco Amorós que fundou a escola ginástica de Grenelle. Temos como principal impulsor da ginástica o nacionalista alemão Friedrich Ludwig Jahn.
Tivemos na França no ano de 1852 a Escola de Joinville, tendo como dirigentes Amorós e Napoleão Laisné, tendo Amorós implantado um método de educação física que formava monitores militares que se preparavam para orientar as escolas de adultos e adolescentes.
Jahn é considerado o Pai da Ginástica, e em seus estudos de Teologia começou a trabalhar na obra “Costumes Alemães”, onde se posiciona em relação à ginástica prática, ressaltando a importância da resistência corporal. Numa guerra de libertação contra Napoleão essa obra serve como importante programa educacional.
Em 1809 ele escreve: “caminhar, correr, saltar, lançar, sustentar-se, são exercícios que nada custam, que podem ser praticados em toda parte, gratuito como o ar. Isso o Estado pode oferecer a todos: pobres, classe média, ricos, tendo cada um sua necessidade”.
Escreve o livro “Arte da Ginástica”, inicialmente Jahn dirige passeios onde se joga “polícia e ladrão”, pegado, esconde-esconde, fugir e perseguir.
Em sua obra ele cita o exercício da ginástica partindo de atos simples como caminhar, correr, saltar, pular, balançar, arremessar, equilibrarem-se, exercícios com barra (pendurar-se), escalar, puxar e empurrar (cabo de guerra), levantar, carregar, etc.
Em 1818, a ginástica foi considerada revolucionária e demagógica: tratava-se do abscesso que era preciso extirpar, em outubro deste mesmo ano, foi o último mês que foi permitido à prática da ginástica.
Durante esse bloqueio diversos ginastas alemães emigraram para vários países, sendo que o movimento ginasta continuou na Suíça, visto que na Alemanha sua prática estava proibida, criou-se então a mais antiga agremiação da ginástica, a “Sociedade Federal de Ginástica” fundada em 1832.
Surgiram várias federações, dentre elas surge o presidente da Federação Belga de Ginástica Nicolas Curpéus, que teve fundamental importância no cenário da ginástica, escrevendo uma carta dizendo que gostaria que todas as federações se unificassem.
 Criou-se o “Comitê Permanente das Federações Européias de Ginástica”, que passou a ser chamada de Federação Internacional de Ginástica, a qual Curpéus foi presidente durante 42 anos.
Tornou-se a ginástica uma das modalidades integradas dos jogos olímpicos, mas não da maneira hoje apresentada, os jogos sofriam modificações constantes até os jogos de 1936 na Alemanha, isto dependendo das organizações do país sede.
Somente nas olimpíadas da Finlândia a ginástica olímpica realmente passa a ter características do esporte moderno, com regras previamente definidas quanto a regulamento, aparelhagem, avaliação de resultados, números de ginastas por equipes com a FIG trabalhando lado a lado com o Comitê Olímpico Internacional.
A partir da criação dos campeonatos mundiais, existe a Olimpíada sendo realizada de quatro em quatro anos, e torneios paralelos como o campeonato mundial disputados de dois em dois, sendo um no ano anterior e o outro posterior às Olimpíadas.
Corpéus era contra qualquer tipo de competição, acatando somente por ser minoria nas votações, e ainda assim após muitos anos, a ginástica tornou-se esporte de competição “graças” a Charles Gazalet, nascendo assim no começo do século XX, uma tendência marcada pelo confronto entre nações, limitada no início a alguns países europeus, depois aos E.U.A. A e a partir de 1952 aos demais países.

Curpéus justifica seu foto no seguinte trecho: “Meu ideal será sempre o mesmo, e eu sonho com o momento em que as competições serão supérfluas e que os ginastas se contentarão em ganhar como prêmio seus esforços o equivalente, em força, em agilidade, em tenacidade. Mas, como nenhuma Federação aceitou, até este momento, que seria útil trocar as competições por festas sem qualquer tipo de disputa, eu devo submeter-me à vontade da maioria e considerar os homens e as coisas como elas realmente são.”



Esporte

Esporte
Temos o esporte a parti do momento em que jogamos os jogos de maneira correta e regras oficiais que se denomina desporto.                                                                                              O esporte ajuda a desenvolver músculos e também o raciocínio.                                                 Alem desses desenvolvimentos o esporte estabelece normas comportamentais e criam situações que forçam a moral e o caráter do indivíduo, como a lealdade e a boa conduta.
Exige uma melhor preparação no que diz respeito ao atleta, vai desde a preparação física passando pela psicologia e chegando à técnica. Todas precisam estar em boa sintonia para o melhor desempenho individual, como por exemplo: atletismo, a natação, o judô e boxe.
Coletivo, exige uma melhor preparação, porem visa o espírito social de colaboração de toda equipe, por exemplo: futebol, basquete, handebol e vôlei.
Para Thomas Arnold o esporte tem três principais características, é um jogo, é uma competição e uma formação, apoiando a idéia de Arnold o italiano Antonelli ainda acrescenta mais algumas importantes características, ético-social, psicopedagogico, psicoprofilatico e psicoterapêutico.
Pietro reconheceu as seguintes observações no esporte, deve ser entendido como expressão individual e como fato social, tem um ingrediente de esforço físico notável e que a natureza do esporte pode ser instrumental ou finalística, segundo a predisposição psicológica daquele que a pratica e da manifestação esportiva de que se trata.
Esporte de alto rendimento-globalizado.
Allen Guttman (1978) estabelece sete características do esporte moderno (secularismo, especialização de regras, igualdade de oportunidades na competição e suas condições, racionalização possibilitando sua internacionalização, organização burocrática, impulso para quantificação e a busca dos recordes).
Segundo alguns autores, o que se verifica no esporte é um processo similar ao da globalização, independente da nacionalidade, os atletas não são apenas uma representação da sua nação, mas um conjunto de marcas multinacionais a defender.
O esporte busca cada vez mais jovens, jovens q ambicionam fortuna e fama.
Nota-se nos últimos anos o deslocamento da área de lazer e tempo livre para área de trabalho e da mercantilizarão, nisso um atleta profissional altamente qualificado, ao executar movimentos resultado de muitos treinos causa certos "inveja" (como por exemplo, imitar ou ser capaz de fazer igual, ou melhor, o atleta) por outro lado o marketing não visa sua habilidade e sim o lucro que este patrocínio trará em função deste atleta. O esporte diferente dos jogos lúdicos, tem limitado idosos e deficientes, em outras palavras efetiva participação, ou seja, há esportes adaptados pego este como exemplo, mas não é tão divulgado quanto os esportes tradicionais.
Segundo Bracht a pratica corporal no caso a esportiva, está orientada pelo princípio de rendimento e da competição, ao meu entender não consiste aí o prazer em se praticar o esporte e atender a satisfação do seu praticante, mas sim as exigências de um mundo capitalista.

Percebemos a diferença entre o jogo e o esporte, a partir do momento em que se torna algo serio,  há regras, federações, exige uma preparação fisíca rigorosa, uma preparação psicológica e uma aprimoração constante das tecnicas.

o esporte pode ser tanto individual como coletivo



Jogos

Jogos
Jogos são atividades segundo Hudson Teixeira, em que nos exercitamos brincando, de maneira alegre e prazerosa, ou seja, que nos da gosto em praticar, deste modo despreocupado pelas pessoas, os jogos permitem descansar centros nervosos, diminuindo qualquer tensão. Sendo assim os jogos sensoriais são aqueles que ajudam a desenvolver os sentidos como na cabra-cega,jogos de raciocínio são aqueles q estimulam o raciocínio assim como o xadrez e as palavras cruzadas e os jogos motores que são aqueles que exigem a participação de todas as partes do corpo principalmente os músculos como o pega-pega.
Quando as praticas dos jogos visam apenas à diversão participamos de um jogo recreativo, quando alem da diversão ha um preparo para o desporto, praticamos o jogo-desportivo. Temos jogos pré-desportivos, como o basquete-gigante que visa o basquete básico, a peteca pode se considerar uma pratica do vôlei e o pula-cela uma iniciação a ginástica.
Gilles Brougère ressalta:
                 Basta considerar a diversidade dos fenômenos denominados “jogo”, mesmo sem evocar os empregos derivados ou metafóricos (tal como joga de uma engrenagem). O que há de comum entre duas pessoas jogando xadrez e um gato empurrando uma bola, entre dois peões pretos e brancos em um tabuleiro e uma criança embalando uma boneca: No entanto o vocabulário é o mesmo (1998).
Roger Caillois afirma:
A Heterogeneidade dos elementos estudados sob o nome dos jogos é tão grande, que se é levado a supor que a palavra jogo não passa de um mero ardil que, pela sua enganadora generalidade alimenta ilusões acerca de suposta familiaridade de condutas diversificadas (1990).
Algumas características defendidas por Caillois:
·  O Jogo é demonstração da superioridade
·  O Prazer do jogo advém do desafio
·  O Jogo implica perigo
·  O Jogo Evoca, por Igual, as idéias de facilidade, risco ou habilidade
·  Opõe-se ao caráter serio da vida (brinca com o real)
·  Vontade de ganhar
·  Risco
·  Destreza
·  Inteligência
· Buytendijk refere-se:
                É possível encontrar, de algum modo, pessoas em qualquer idade e em quase todas as situações numa atitude tal que, na linguagem corrente, a sua forma de agir é designada pela palavra “jogar”. Aquele que quer falar sobre a atividade de jogar “em geral” é comparável com uma pessoa – e nesse ponto ele reforça seus argumentos citando Grandjouan – “que desejasse falar sobre as estrelas e ao mesmo tempo tratasse não só de astroslonginquos e estrelas cadentes, mas também de estrelas-do-mar, condecorações em forma de estrela, da place de I’Etoile e das estrelas de teatro e do cinema” (1974).
Não podemos falar dos jogos sem citar Huizinga, que fala na ludicidade dos jogos, abaixo algumas das características que o autor propõe:
·         Características Lúdicas.
·         Tem regras construídas
·         Apresenta Valores éticos e sagrados.
·         Não é vida corrente nem real
·         Promove Liberdade
·         Gera Tensão, incerteza, acaso, imprevisibilidade.
·         Organizado a partir de Regras.

Há jogos sensoriais cuja intenção é desenvolver os sentidos das crianças, como a cabra-cega e o gato-mia.


jogos de raciocínio, cuja intenção é desenvolver o raciocínio da criança, como o xadrez, a dama, palavras-cruzadas, etc.
jogos motores, que visam o desenvolvimento motor da criança, ou seja, exige a participação de todas as partes do corpo, como pega-pega, esconde-esconde e o cabo de guerra.



jogos recreativos visam a participação, quando além da diversão há um preparo para o desporto.
como por exemplo dar "estrelinha", cambalhota.




jogos pré-desportivos, tem a caracteristica do esporte, como peteca-volei, pula-pula/ginastica.




Jogos Eletronicos

Vivência com Jogos Eletrônicos

Tivemos uma vivência com jogos eletrônicos, cuja proposta era perceber se esta atividade teria utilidade ou não, uma aprendizagem não.
No decorrer da atividade, que a princípio surgiu como diversão, notei o número de informações esses jogos trazem, é algo além da simples diversão, é notório o número de regras, o acesso a idiomas diferentes, o quanto exige concentração, raciocínio, cooperação, coordenação motora, enfim, digo que os jogos eletrônicos (não todos), trazem aprendizado, um valioso aprendizado a meu ver, nos jogos de esporte, os quais foram usados na aula, eu não tinha idéia da dinâmica ou objetivo de regras, pontuações, etc., isso me fez rever muitos conceitos.
Associar a vivência entre o vídeo game e o mundo real, me despertou dois interesses: não criticar os jogos eletrônicos, pois eles nos oferecem um aprendizado que uni o lazer e a seriedade, e trazer ou perceber a finalidade de uma partida de tênis, por exemplo, tendo a noção do que aprendi nessa vivência na prática do jogo.
Noto que, se não tivesse conhecimento da finalidade da aula, estaria partilhando da mesma opinião de que vir para faculdade jogar vídeo game ao invés de estudar é muito bom, vejo aí o quanto às pessoas destorcem fatos que não conhecem...


Volta da Penha e Corrida de Guarulhos

Sei a importancia dos eventos esportivos, mas o contato com os bastidores se assim posso dizer, e mesmo que ainda tenha sido um contato superficial, é notável o numeros de detalhes os quais se tem que tomar cuidado para que nao aja acidentes, detalhes que fazem a diferença antes que o "espetáculo" aconteça.
A Volta de Penha, sendo o evento que fica em segundo lugar perdendo apenas para Maratona de São Paulo no Brasil, tem sua história e sua tradição, mas na Corrida de Guarulhos, notei algo a mais, que chamou minha atenção, nao reparei em tantos atletas profissionais se assim posso me expressar, o contato com os atletas foi maior, percebi mais lazer, pessoas que queriam apenas se divertir, pessoas mais descontraídas, o incentivo do vencedor da prova estimulando os demais a não desistir, foi algo impar, uma situação de verdadeiro caráter de alguém que leva o esporte a sério, mas que nota também o quanto é importante a participação de todos os envolvidos.
Em meio a tantos participantes, surgiu um cujo exemplo em minha opinião foi de grande importância. Não vi ou não reparei tantos adolescentes e/ou jovens, mas vi a vontade de superar os próprios limites daqueles que não levam digamos assim uma vida esportiva. Jaci foi uma personagem marcante nessa maratona, alguém que me fez pensar em como inventamos desculpas para fugir de uma vida ativa, não de modo geral, mas boa parte da população.
Tê-la incentivado até o final da prova me fez ver o quanto a solidariedade nos faz bem, palavras nos incentivam, então porque em nosso egoísmo nao alimentamos a mudança de sermos melhores como pessoas? Quantas vezes surge em nossas vidas milhares de "Jacis", que as vezes querem desistir mas devido a um incentivo natural nao se deixam abater?
Não descarto a importância que a Volta da Penha representa para todos que dela participam ou fazem parte, pois de certa forma também fiz parte, mas a experiência na Corrida de Guarulhos foi de aprendizado ímpar, muito além de um vencedor, muito mais de desistir é perceber que aqueles que tem sua lutas em seu cotidiano encontram suas vitórias em simplesmente vencer seus limites...





NAO PARA, NAO PARA, NAO PARA, VAI PRA CIMA JACI!!!!!!


Video dos jogos explícitos e implícitos

Esta filmagem foi feita no centro da cidade de São Paulo, um lugar por muitos visto apenas como um lugar movimentado, marginalizado, mas ao analisar, ao observarmos o mundo de arte e criatividade que nela existe, basta abrirmos nossos olhos e enxergar além da nossa ignorância.

Explícito

O que é jogo explícito?

Jogo é uma atividade onde se nota a prazer em exercer, em brincar sem preocupar, onde as regras variam, ou seja, são mutáveis, mas o foco principal é o divertimento.
Mas o que torna um jogo explícito? Apenas o simples fato de se notar a ludicidade?
Percebemos esta ludicidade nos repentistas, há regras, espaço, é sério, mas diverte, descontrai os que nele estão participando.
“... Elementos como a rima e o dístico (estrofes de dois versos) só adquirem sentido dentro das estruturas lúdicas intemporais e onipresentes de que derivam: golpe e contragolpe, ascensão e queda, pergunta e resposta, numa palavra ritmo...” (Huizinga).
Dentre as formas lúdicas apresentadas pelos repentistas, onde eles envolvem as pessoas, as divertem, as envolvem num ambiente onde o lazer é o principal objetivo.


Implicito

O que é jogo implícito?

O jogo implícito meche com a imaginação, Callois aponta como característica de jogo o caráter improdutivo de não criar nem bens, nem riquezas em suas regras. No jogo nunca se tem o conhecimento prévio do rumo das ações dos jogadores (reação).
Vygotsk e Elkomin entendem a brincadeira como uma situação imaginaria criada pelo contato da criança com a realidade social.
Kishimoto nos diz que regras implícitas se encontram num “faz de conta” e que neste caso (o vídeo da estatua) ao se movimentar meche com a imaginação da criança, Callois ainda ressalta que não se podem prever as reações dos envolvidos, ou seja, neste caso não se sabe como vai se comporta o individuo no momento em que a estatua se movimentar, a princípio pode ser susto seguido de diversão, alegria, choro, medo, etc.
Pode-se denominar também como um jogo simbólico, que pode ser um recurso que a criança pode obter prazer.
(Segundo Piaget) para Anália Rodrigues de Faria que segue esta linha, os jogos ou brincadeiras simbólicas surgem como uma construção de imagem ou do espaço real, ou seja, a representação.

Esporte adaptado

ESPORTE ADAPTADO

É a prática dos esportes tradicionais de forma adaptada, modificado ou criado para suprir necessidades especiais, visando também interatividade entre portadores e não-portadores, visto que, pessoas portadoras de necessidades especiais têm e podem desenvolver suas capacidades e aptidões para atividades físicas.
Visto que não há exclusão nessas modalidades e há participação de não-portadores, os esportes adaptados visam que mesmo que haja uma limitação o esporte estimula a superação, sendo que, implantando um método adequado de aprendizado (ensino-aprendizado) e desenvolvimento podem-se obter resultados satisfatórios onde se prova que o esporte atinge a todos portadores ou não de necessidades especiais.
O Programa Esporte Unificados das Olimpíadas, é um exemplo em que portadores e/ou não portadores participam juntos.
Isso beneficia os atletas com desafios físicos e mentais, e atualmente isso proporciona sua participação tanto nos esportes de verão quanto de inverno. Este programa teve início em 1989 onde os atletas portadores de retardo e seus pares sem deficiência atuam no mesmo time.
Os atletas portadores de deficiência podem participar tanto de esportes regulares quanto de esportes adaptados, desde que se aja igualdade. Temos organizações para determinados tipos de deficiência, são elas:

*Organizações Poliesportivas: oferecem treinamento e competição para portadores de deficiência esportiva, a função desta organização é supervisionar o desenvolvimento e a condução desses esportes, além de promover a participação de membros. Organizações Poliesportivas:

- Comitê Olímpico dos E.U. A
- Associação Atlética dos Anões da América
- Esportes de Portadores de Deficiência dos E.U. A
- Olimpíadas Especiais
- Associação dos Portadores de Paralisia Cerebral dos E.U. A
- Associação dos E.U. A para Atletas Cegos
- Federação Esportiva dos Surdos dos E.U. A
- Esporte em Cadeiras de Rodas dos E.U. A

·       Organizações Mono esportivas: promove a participação em uma única modalidade, tanto para uma deficiência quanto para deficiência múltiplas. Organizações que promovem um único esportes, dirigidos a portadores de deficiência:

- Associação de Rúgbi em Cadeiras de Rodas, para portadores de lesão modelar;
- Associação de Futebol para amputados: para amputados;
- Associação de Nacional de Beisebol Bip: para cegos e portadores de comprometimento visual.





fonte: Esporte adaptado

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tecnologia na infância


Tecnologia na infância

Tenta impedir o acesso das crianças à tecnologia torna-se cada vez mais impossível, o fazer então, proibir?
Acredito que não, pois também somos reféns da tecnologia, digamos que ela seja um “mal necessário” dependendo do ponto de vista.
O sedentarismo pode ser um dos pontos negativos, comparado ao comodismo que esta exerce tudo é prático, está ali fácil de ser encontrada, a mídia estimula seu consumo, a mídia pode até tentar mostrar alguns benefícios, mas a meu ver poderia ter mais eficácia se fosse mais objetiva.
Não culpo a mídia por manipular certos consumidores, mas sim por mostrar apenas o que lhe convém, a tecnologia está aí, o que se fará com ela cabe a cada um.
Mas se tratando da sua influência sobre os jovens, torna-se cada vez mais raro encontrar algum jovem que não saiba manusear e com facilidade um computador, vídeo game, entre outros produtos eletrônicos, isso é prejudicial?
Caso seja feita sem cuidados, a partir do momento em que o individuo se torna “refém”, digamos assim, não podemos privá-los do lazer, mas temos que separar o lazer do vício, aborda o fato de muitos casos de pedofilia se dar pelo mau uso das redes online de comunicação, podemos culpar a internet, não isentando o pedófilo, mas nós que temos consciência do que pode resultar um conversa com estranhos nesses meios de comunicação, nos cabe orientar melhor os jovens que as utilizam.
Não podemos esquecer que muitos desses casos também foram resolvidos através de aparelhos tecnológicos, e se tratando dos positivismos que a tecnologia nos oferece, cabe citar as muitas ferramentas que ela nos oferece, os jovens têm um acesso quase que ilimitado às culturas, países, idiomas sem saírem de casa, temos então que fazer com que a criança de hoje a utilize de maneira positiva, Marilene Munguba, constatou em sua pesquisa que pequenos gamers, desenvolvem aprendizado e habilidade, esta foi pesquisa realizada em 2000, ela presenciou que a vivencia com jogos eletrônicos trazem aprendizagem. Que ao invés manuais elas aprendem na pratica, desenvolve seus raciocínios, estimula o aprendizado de outros idiomas, aprendem regras de jogos, alem de desenvolver o nível de percepção, ela usa como exemplo que se uma criança perde no jogo ela avalia onde errou, e procura não errar mais.
Isso demonstra que não basta apenas fazer criticas a tecnologia, é preciso analisar sua finalidade, observar e dialogar como os jovens, uma maneira melhor de utilizá-la, vejo que não há uma má utilização da tecnologia, mas sim uma má orientação da mesma, possamos então separar o vício do lazer e o útil do fútil.

    

Jogos de rua

Jogos de rua


Jogos de rua fazem a criança interagir e desenvolver suas habilidades, capacidades de raciocínio e criatividade, brincar é um comportamento natural, quanto de nós não tivemos nossos momentos de lazer sem que nos déssemos conta de que era muito mais que mero lazer?Interagir é o principal intuito desses jogos, pois nos faz quebrar nossos receios, podemos perceber que os jogos de rua trazem para o imaginário a realidade dos adultos, uma realidade às vezes tão difícil, mas que a criança tem a capacidade de tornar aquilo divertido, no texto [] há um trecho que nos diz que por volta de 1600 crianças e adultos brincavam juntos nos dando a idéia de que não havia distinção entre jogos e/ou brincadeiras para adultos ou crianças, mas simplesmente diversão. Brincar, sendo um desenvolvimento natural da criança onde nota-se a cooperatividade, a interação de crianças e adultos é interessante isso, como cooperar entre si, João Batista Freire nos traz essa idéia em seu construtivismo, de que a criança aprende tendo uma ação sobre o mundo, que a meu ver inclui interagir tanto com criança quanto adultos. Brincar é prazeroso e sendo este ato tão importante para a infância, mostrar as formas de se brincar e jogar de maneira cooperativa é ensinar as crianças a juntar o aprender e o lazer.



Brincadeiras de Rua

Uma idéia reúne-se algumas pessoas, como vai ser? “comigo não morreu”, a animação é geral, torcemos para que a hora não passe, inicia-se assim a brincadeira.
Lembro de ter lido no texto “Uma viajem da história da infância às histórias de vida”, apresentado pela professora Maria Helena, registra que houve um tempo em que adultos e crianças brincavam juntas.
A intenção era simplesmente brincar, se divertir, passar o tempo, então porque será que as coisas mudaram tanto? Talvez as evoluções que ocorreram tenham interferido, mas até que ponto?
As aulas que experimentamos em quadra com o Davi nos transportaram para nossa infância, e percebemos o quanto é bom voltarmos a serem crianças, então é justo impedir as crianças de sentirem bem?
Professores que seremos, temos que frisar sobre isso, como não deixar essas brincadeiras caírem no esquecimento, temos que resgatar e sempre inovar e renovar, explorar a capacidade que as crianças possuem e conseguem tornar tudo divertido, e trazer à tona a criança que existe em nós.
Embora tudo seja diversão, há algo que aprendemos que é de muita importância, trata-se da questão da segurança, avaliar condições, equipamentos, espaço, é tão importante que não imaginei ser tão essencial tratando-se de uma “simples” diversão.
O problema não está na brincadeira, mas nos riscos que qualquer atividade oferece, ainda mais quando o assunto são as crianças sempre tão ativas e cheias de disposição.
Saibamos promover a diversão, pois esta é a maior importância para quem resgatar as brincadeiras de rua, mas tenhamos consciência da responsabilidade que temos ao trazer a idéia para a prática, estejamos sempre a um passo à frente do improvável, e avaliar os riscos possíveis e evitá-los com certeza o prazer da brincadeira estará aliado à responsabilidade de trazer a ludicidade as nossas aulas.


Fair play


OBJETIVO

O objetivo é propor uma re-análise do “fair
“play” na atualidade, sugerindo uma
ressignificação do mesmo, entendendo que o jogo
limpo se origina em princípios aristocráticos e
sendo assim fora da realidade contemporânea do
esporte e da sociedade.

CONCEITO DE FAIR PLAY
O conceito de fair play é um dos principais
valores inerentes ao ideal olímpico concebido por
Pierre de Coubertin. Para Lenk (1987) o fair play
tem dupla natureza, dividindo-se em fair play formal
e informal. Segundo o autor, o fair play formal
caracteriza-se pelo cumprimento das regras e
regulamentos, representando assim uma “norma obrigação”
do competidor. O fair play informal
representa os valores morais do praticante, através
das atitudes cavalheirescas do competidor em
relação aos adversários e árbitros. Este tipo de fair
play não é regulamentado, o autor o considera uma
“norma dever” legitimado socialmente.
Segundo Grupe (1992):
A adesão voluntária às regras esportivas, princípios
e códigos de conduta, obedecendo ao principio da
justiça e renunciando a vantagens injustificadas. A
educação olímpica seria como escola de
cavalheirismo prático, ensejando a oportunidade
de aprender que o sucesso é obtido não apenas
através do desejo e da perseverança, mas também
que é consagrado unicamente através da
honestidade e da justiça. (p.136)
De acordo com o Manifesto sobre o
FAIR PLAY NA ATUALIDADE
Nos últimos anos, o comportamento dos jovens
perante o desporto tem sofrido alterações. Alguns comportamentos
mais freqüentes são: praticar agressões,
adotar comportamentos violentos e faltar com o respeito
os adversários e árbitros. Embora as ocorrências mais
freqüentes e visíveis sejam observáveis no desporto profissional, já é possível encontrar cada vez mais esses
maus comportamentos no desporto jovem
(BREDEMEIER, 1984, citado por GONÇALVES,
COSTA e PIÉRON, 1998).
Os valores que a sociedade transmite ao Desporto,
tais como a honestidade, a lealdade, a sinceridade,
a limpidez de processos, a dignidade, a
correção de atitudes, o respeito mútuo entre quem
participa na competição desportiva e o respeito
inequívoco por regras de condutas cívicas e
desportivas por parte de quem é responsável pela
orientação desportiva tende cada vez mais a
serem irrelevantes e a estarem em vias de extinção
(GONÇALVES, 1988; GONÇALVES, COSTA e
(PIÉRON, 1998).
Como referenciado anteriormente, a prática
desportiva pode proporcionar uma correta transmissão
de valores, pelo que a sua qualidade está
dependente das situações criadas na prática
desportiva (GONÇALVES, 1997) e da importância
dada pelo treinador/professor ou outros agentes
de socialização.
Os valores devem ser sublinhados através de
uma postura ética em relacionamentos
interpessoais. No esporte este parâmetro é trabalhado
através do respeito mútuo, da honestidade,
do cavalheirismo, do respeito pelas regras, ou seja,
através do fair play. Portanto, é preciso que a prática
esportiva seja orientada pedagogicamente,
fortalecendo as noções de ética e cidadania.
Vemos que a contribuição do esporte no pensamento
e comportamento ético do indivíduo também
torna-se de suma importância para a formação
deste, sendo o fair play o fio condutor da transmissão
dos valores que orientam a aquisição desta
conduta ética. Devido ao fato dos valores estarem
sendo modificados no comportamento de
cada indivíduo, a identificação de atitudes
antiética nos jovens atletas é de vital importância
para melhor se entender o processo pelo qual
eles tomam as decisões em situações esportivas.
De acordo com Gebauer e Wulf (1992), esta
codificação do cavalheirismo esportivo é uma tentativa
de extrapolar uma moral positiva que está
além dos princípios formais da competição. Isto
porque, de um modo geral, a maneira como as
competições são organizadas, “não é um campo
onde a moral possa florescer, sem falar em
“ética” (idem). Deste modo, a promoção de um
comportamento ético na arena esportiva “demanda
conjuntos de idéias ou ferramentas mentais
outras que aquelas fixadas em documentos
escritos “(p. 468). Dessa forma, a competição organizada
simplesmente para a disputa do título,
que não valoriza os pressupostos do olimpismo,
remete os competidores a um campo neutro onde
a ética se marginaliza e o único sentido é a vitória.
Stouff apud Ikhioya (1996) identificou 50 problemas
comportamentais apresentados por crianças
no âmbito escolar. Alguns desses problemas
são relacionados à prática esportiva, que se não
controlados freqüentemente continuarão na idade
adulta e subseqüentemente, romperão com a
ordem social e a decência, isto aplicado ao esporte.
Ikhioya observa que a tendência das crianças
em trapacear no esporte pode ser reforçada pela
observação de outros atletas trapaceando e ganhando
glória e honra por atos sujos.
De acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais para a educação Física (BRASIL–SECRETARIA
DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL,
(1998), dentre os objetivos gerais para o ensino
fundamental, deve-se “repudiar qualquer espécie
de violência, adotando atitudes de respeito
mutuo dignidade e solidariedade nas práticas da
“cultura corporal de movimento” (p.63). Essa afirmação
remete a outra maneira de prática esportiva,
voltada para o âmbito escolar. Turini (2002)
ressalta que “parece que o melhor caminho é não
descartar a competição da escola. O que deve ser
feito é “tratar a competição pedagogicamente” (p.
(261).
A partir da Carta Internacional de Educação.

Referências
GRUPE, O. El Olimpismo y la idea olímpica en sus
aspectos culturales, filosóficos y pedagógicos. In:
Actas Congreso Científico Olímpico, Málaga: IAD,
1992.